terça-feira, 6 de maio de 2014

Pergunta para as líderes: Como anda seu relacionamento com suas moças?

   Há algum tempo atrás, pedimos as moças de nossa ala que fizessem uma lista de atividades que elas gostariam de ter durante esse ano. A mais pedida e pedida por todas as moças, foi, é claro, uma noite do pijama. 
  Depois de muitos planejamentos e preparativos, marcamos o dia da tão pedida noite do pijama. E adivinha, só? Nada saiu como planejado.  Começando, primeiramente com as próprias moças. Das oito moças da nossa ala, apenas três compareceram.  Duas não  foram autorizadas por seus pais a irem e as demais, não se interessaram realmente. Ficamos esperando por elas por mais de uma hora no lugar onde marcamos como ponto de encontro para depois recebermos ligações delas dizendo que "não estavam com vontade de ir".
    Como se não bastasse todo o atraso, choveu muito no dia da nossa atividade. Ficamos sem água e quase sem luz. Muitas atividades que havíamos planejado não puderam ser realizadas. Confesso que fiquei realmente desanimada no momento porque tudo deu errado. Mas, depois, analisando a noite, vi que a atividade não foi ruim. É claro, que ela poderia ter sido melhor, mas ainda assim ela foi proveitosa. Sabe por que?
    Das três moças que compareceram, duas delas são lauréis que completarão dezoito anos esse ano. Elas nos encheram de perguntas sobre a Sociedade de Socorro, como é a organização, como é a transição Moças/ Sociedade de Socorro, entre outras coisas. Primeiro, elas compartilharam conosco como era a visão que elas tinham da Sociedade de Socorro. Depois, minhas conselheiras e eu tivemos a oportunidade de compartilhar nossa visão sobre essa organização e nossas próprias experiências. Eu, por exemplo, pude contar sobre a minha própria transição das Moças para a Sociedade de Socorro. Foi muito bom!
   Depois, elas quiseram saber a respeito de missão. Meu esposo, que estava presente como líder do sacerdócio, respondeu a todas as perguntas delas sobre o CTM, o presidente de missão, palestras, regras da missão... e ainda deu várias dicas. Essa parte também foi bastante animada.
   Nossa outra moça presente era uma abelhinha. Animadíssima com tudo (não se importando nem um pouco com os contratempos), ela queria saber sobre a organização das moças, sobre o progresso pessoal, padrão de namoro (pois é!) e muito, muito mais. Passamos a noite conversando sobre os mais diversos assuntos, ouvindo as perguntas das três, suas experiências e opiniões, suas dúvidas... Foi muito bom.
   Analisando depois tudo isso, pude refletir um pouco sobre meu relacionamento com as moças da ala. Será que elas confiam em mim? Será que elas me procurariam caso tivessem um problema ou uma dúvida? Será que elas me vêem como alguém que se importa realmente com elas? Será que elas sabem que eu estou ali para ajuda-las?
    Recentemente ouvi uma líder de outra unidade dizer que não devemos ser amigos dos jovens porque quando nos tornamos amigos deles, eles perdem o respeito por nós como líderes. Sinceramente, não concordo com isso. Acho que o jovem precisa verdadeiramente saber que você está ali por ele, que você se interessa por sua vida e que está ali para ajuda-lo.
    Já tive várias oportunidades de demonstrar as minhas moças o amor e a preocupação que tenho por elas. E nunca tive problemas com elas por causa de falta de respeito da parte delas à minha autoridade como líder, pelo contrário. Já acampei diversas vezes com minhas moças e só senti minha proximidade com elas crescer. 
   Citando alguns pequenos exemplos, uma das minhas moças (cujos pais não são membros da igreja) já me procurou para me perguntar o que ela devia fazer pois um rapaz da igreja a havia chamado para sair. Outra moça já me ligou perguntando se eu poderia acompanha-la a um baile da Igreja. Tive moças me convidando para sua formatura do ensino médio e fazendo questão de tirar foto comigo e com minhas conselheiras. 
   Vocês tem esse tipo de relacionamento com suas moças? Elas são pessoas importantes em suas vidas? Elas estão presentes em suas orações?
    Fico muito triste quando vejo líderes dizendo que não sabiam o que estava acontecendo com suas moças. Ou dizendo que levaram um "susto" quando descobriram que sua moça estava fazendo alguma coisa errada ou que estava passando por determinada situação. Não quero dizer que você tem que ficar lá, fiscalizando o facebook da moça e verificando se ela realmente está cumprindo os padrões ( Sério, conheço uma líder que faz isso! ), mas que você deve ser alguém presente na vida de suas moças. Não apenas alguém que aparece no domingo e dá uma aula.
   Minhas conselheiras e eu sempre buscamos estar presentes na vida de nossas moças. Criamos um grupo no facebook para elas, onde nos comunicamos durante a semana, enviamos recadinhos e lembretes de atividades. E elas também mandam para nós. As entrevistamos e sempre que podemos, procuramos conversar também com suas mães para saber como elas estão. E sempre que somos convidadas para algo, como festas de aniversário delas ou apresentações na escola, procuramos ir também. 
   Por tudo isso, peço que reflitam a respeito sobre o seu relacionamento com suas moças. Vejam o que podem fazer para melhorar-lo e façam! 
   Na última conferência, o bispo Gary E. Stevenson deu uma dica valiosa para podermos ajudar as pessoas de nossa família. Apliquei seu ensinamento com as moças da ala.  Numa folha de papel,  fiz duas colunas, de um lado, os nomes de todas as moças da ala, de outro, suas necessidades espirituais, como terminar ou começar o progresso pessoal, frequentar o instituto e assim por diante. Isso tem me ajudado muito. Tenho certeza que as ajudará também!
   Uma boa semana a todas.

Um comentário:

  1. Ótima reflexão! Concordo com tudo mesmo que vc disse e ter amizade com elas acho que só aumenta o respeito por nós. Fico feliz quando uma delas conversa comigo de um assunto delicado ou problema porque ela confia em mim. E temos sempre desafios, pois sempre tem algo delicado pra tratar, mas pelo menos podemos ajudar!

    E vi algumas ideias para eu retomar e fazer, obrigada!

    Bjão!

    ResponderExcluir